Consumições
Há dentro de nós, mesmo que em estado letárgico, um inferno que nos oprime. Por vezes sinto-me prisioneiro nas garras de um demónio.
Mesmo que inconscientemente, somos influenciados por sentimentos animais que, entre os humanos, se denominam como leviandade, fúria e luxúria.
É por isso que cada vez mais desenvolvemos a intensidade da perseguição, da alimentação compulsiva e da sofreguidão pela imitação do outro.
Já não nos contentamos com a observação do outro. Agora queremos consumi-lo. Ou, então, queremos que ele nos consuma como uma atrapalhação.