Homens indistintos
Fala-se hoje muito em homens distintos. Em homens que chefiam governos, administram empresas, chefiam bancos, ou compram arte como a classe média adquire comida nos supermercados.
Se repararmos bem, esses senhores a quem os jornais apelidam de “distintos” são pessoas que, afinal, não se diferenciam em nada de positivo e verdadeiramente importante do comum dos mortais. São todos iguais. Foram treinados para o sucesso e redimem-se dos vícios quando, falando para as bolinhas de espuma dos microfones e vendo-se iluminados pelas luzes da ribalta televisiva, salivam de prazer como o cão de Pavlov.