É a paciência…
É a paciência humana quem torneia o ferro. Não é a imortalidade da alma. Também o ferro é líquido quando lhe molestam o corpo. A alma do ferro é quente, por isso enferruja.
Gostam os escultores de moldar o ferro, de pôr formas humanas em volumetrias divinas, como se Deus fosse de pedra. Como se o cosmos derivasse para princípio da criação.
Não nos devemos preocupar com o infinito. A verdade está sempre mais além.
Têm a tua pele a maciez dos pêssegos maduros. E essa é quase a infinita verdade do momento em que te acaricio a face.
Basta dividir o espaço a percorrer em duas metades para nunca atingirmos o fim.
Esse é um bom princípio. É o princípio da paciência.