A ética das conveniências
Vivemos na era dos consensos gerais.
Todos os partidos têm a mesma opinião, advogam a mesma conduta e reagem da mesma maneira. Mas como são maneiristas, especialmente os da área do poder, são inconciliáveis no que toca aos pormenores.
A sua perspectiva é de se ajudarem mutuamente no que concerne à organização geral do Estado, na preservação dos seus privilégios políticos e na perseguição a quem trabalha. O trabalho já não é um valor em si mesmo, é apenas um conceito monetário que se enaltece se dá lucro ou se exorciza se não é produtivo.
Já não há ética, só política.
Já não há princípios, só conveniências.