O que para aí vai de azul
O que para aí vai de azul. Inundas-me de azul. Mas eu não me farto. Nem mesmo do teu cabelo que afaga os peixes do mar. O teu azul é diferente. Não se vê quando se quer, apenas quando alguém o quer sentir intensamente.
O que para aí vai de azul. Tanto azul embebeda os caminho dos peregrinos, altera a direcção dos ventos, desenvolve os botões das árvores de fruto, alimenta as fontes, desvia os leitos dos rios em direcção ao mar, absorve a maldade dos homens, alimenta os olhos dos pássaros, faz crescer os dias, dá esperança aos navios, transporta os aviões, molda as montanhas, provoca sorrisos nos imprudentes e acalma os incultos.
O que para aí vai de azul.