26
Fev06
A química dos fluídos
João Madureira
Todos os dias o céu, em algum lugar do mundo, satisfaz-se de absoluto e vagueia.
Flutua o firmamento desde o início dos tempos.
Cronos nos primórdios era um segundo. Agora são dois.
Compasso binário, ritmo de vida.
Alguém cavalga na inércia das oportunidades. E sacia-se.
Há algo de enigmático na subserviência.
Mas o servilismo não passa disso mesmo, por mais que nos digam ou, até, escrevam o contrário.
Existe algo incompatível com a verdade: a realidade travestida de comprazimento.
Que a consciência lhes seja devedora.