Está tudo iluminado (continuação dois)!
E ainda continua tudo iluminado: o Largo do Arrabalde depois da chuva, as coxas de Marilyn Monroe no filme “O Pecado Mora ao Lado”, a “Teoria da Relatividade”, Tom Wolfe, a linguagem imaginativa de Mia Couto, “O Malhadinhas” de Aquilino Ribeiro, a minha máquina fotográfica, as sandálias do pescador, Lawrence da Arábia, as minhas recordações do Cine-Teatro de Chaves onde vi “O Último Tango em Paris” e os “Doze Trabalhos de Astérix”, a posição enrolada da Luzia, o sorriso altruísta do Vasco, o clarinete do Axel quando toca a “Garota de Ipanema”, a poesia de Vinicius de Moraes, a música de Frank Zappa e a sua fina ironia, as ilusões de Natal, as desilusões de Ano Novo, a regularidade dos dias e das noites, tu, eu, a vontade de estar sempre num lugar diferente, o olhar das ovelhas, o concerto no