Mas que grande erudição
Isto é tudo uma questão de ter ou não ter barba. Ou de a ter meia crescida ou desfeita. Ou feita. Ou de estar bem escanhoada.
Ou não. No fundo é tudo uma grande ilusão. Refiro-me, sobretudo, ao ter ou não ter barba. Ou ao ser ou não ser barbudo, ou cabeludo, ou narigudo.
É especialmente uma questão de estilo, de aparência, de ilusão. Ou desilusão. Ou frustração.
Agora calha-nos tudo.
É a sorte. Como em tudo na vida, é preciso ter sorte. A sorte dos afortunados. Ou a desgraça dos simples. Pois são uma e a mesma coisa. Salvo seja, a diferença cromática dos discursos sociológicos.
Aparentando uma quietude ilusória, actualmente o mundo treme tanto que não sabemos bem quais são os nossos princípios. Nem quem os possui sabe muito bem aquilo que tem. Nem atina muito bem naquilo que defende, se é que defende alguma coisa.
Ora, ora, ora, a retórica é muito bonita mas nada acrescenta à vida, só a ilude. A luz é apenas um acrescento afrodisíaco. Mas é um consolo.
A essência não reside nas palavras, mas nos sentimentos. É por isso que nos aproximamos mais uns dos outros quando pensamos que nos estamos a afastar.
É nas ausências quando mais sentimos a falta de quem é amigo.