O espectador sensível
Quando alguém se empertiga isso incomoda o tonante. Ver as próprias mazelas expostas é que dói.
Pode parecer lisonja ou parvoíce egocêntrica, mas enganam-se aqueles que consideram que o artista se dilata ou contrai pelo prazer perverso de fazer mal a alguém.
Quem é espectador sensível e atento do mundo, dificilmente consegue suprimir a lucidez, ou fechar os olhos diante do espectáculo humano.
O que o artista tira da realidade não é um roubo. É um estudo.
O que é crime é desistir de ser coerente e renunciar à dignidade humana.
Todos sabemos que não é humano ver a claridade e escolher as trevas.