Esta festa realiza-se anualmente no domingo e na segunda-feira de Pascoela. É, ao que julgamos, a mais antiga das festas populares de Chaves e arredores.
Segundo Ribeiro de Carvalho, as despesas do culto eram em tempos cobertas pelos pequenos recursos de uma confraria, com a invocação da Senhora das Brotas, cuja instituição devia ser muito antiga, pois num documento então existente na capela constava que em 1682 essa irmandade se achava de facto extinta por terem falecido todos os irmãos que a constituíam.
Depois essa atribuição passou para outras mãos.
Mas donde virá a origem desta devoção?
Ainda segundo Ribeiro de Carvalho, a festa das Brotas é uma simples transformação, ou adaptação ao cristianismo, das festas pagãs que em honra de Ceres, deusa da agricultura, se celebravam na antiguidade.
Na nossa língua a palavra brotar tem, entre outros significados, o de germinar. Parece ter sido desse verbo que se formou a palavra brotascomo designação da fecundidade da Primavera quando os campos se enchem de gomos, rebentos e espigas.
O que sim sabemos é que este culto religioso se tem mantido até aos dias de hoje e que na segunda-feira muitos dos flavienses vão até ao forte de S. Neutel comer as suas merendas constituídas principalmente por folar, cordeiro, leitão
ou rancho, para os mais tradicionalistas.