A beleza aparente da razão
Só na juventude podemos aprender a ser belos.
Com a idade, absurdamente, cada vez aprendemos mais a ser tímidos e fechados.
Até os amigos nos viram as costas sem razão aparente.
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Só na juventude podemos aprender a ser belos.
Com a idade, absurdamente, cada vez aprendemos mais a ser tímidos e fechados.
Até os amigos nos viram as costas sem razão aparente.
Por vezes pergunto-me sobre, afinal, o que é que aprendemos durante a vida inteira.
Não andarei longe da verdade se disser que é a resignação às nossas próprias deficiências.
Cada vez há mais pessoas que não conseguem ter uma imagem nítida delas próprias. Dizem que têm autoconfiança, mas não a possuem.
São indivíduos que só conseguem imaginar e moldar a sua suposta personalidade através dos olhos das outras pessoas. Mas o mais caricato é que é exactamente através dos olhares dos outros que essas pessoas dizem desprezar.
“Já na cama, formulou com relativa lucidez (péssimo sintoma para o acordado): Cheguei a uma altura da vida em que o cansaço não serve para dormir e o sono não serve para descansar.”
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Todos os poentes do meu passado, do meu presente e do meu futuro, serão recordações intemporais, oportunidades felizes de evocação.
Todos os poentes de todas as cores de todas as tardes de todos os mundos são todas e uma única imagem.
São uma esperança de Eternidade.
Por mais que tente, não consigo que o meu poente cicatrize.
A tua ausência entristece-me a tarde.
– Intervenhamos. Vão matá-lo.
(…)
– Caladinho.
(…)
– Que sanha.
(…)
(…) Com uma dicção demasiado clara, a rapariga afirmou:
– Eu sou contra toda a violência.
“A eternidade é uma invenção mais copiosa” (do que o disco gramofónico de Berliner ou o periscópio cinematográfico que, na perspectiva de Jorge Luis Borges, são meras imagens de imagens, ídolos de outros ídolos).
“É verdade que a eternidade não é concebível, mas o humilde tempo sucessivo também não o é. Negar a vasta aniquilação dos anos carregados de cidades, de rios e de júbilos, não é menos incrível do que imaginar o seu total salvamento.”
Jorge Luis Borges, na sua “História da Eternidade”, escreve para os tempos presentes: “Sabe-se que a identidade pessoal reside na memória e que a anulação desta faculdade implica a idiotia”.
Franz Kafka sempre me fascinou porque consegue, como nenhum outro escritor, dar-nos a entender que a vida humana, vista através do conceito de superstição do destino, é um perpétuo acaso.
Por isso ainda hoje temos tendência para querer encontrar um significado sobre-humano para os casos cuja interpretação racional se encontra além do conhecimento e da compreensão do ser humano.
Por isso denunciou, como nenhum outro, o orgulho da posse fora da necessidade, a emergência do mal sem origem definida e sem razão objectiva, e a industriosa vaidade que é adversidade, e o caminho do mal como destino humano.
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