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TerçOLHO

Este é um espaço dedicado às imagens e às tensões textuais. O resto é pura neurastenia.

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31
Dez12

Pérolas e diamantes (18): aparências e desilusões

João Madureira


Para manter as aparências, a nossa autarquia tem mobilizado todas as energias e conseguiu sobreviver sem oposição que se enxergue a olho nu.

 

Apesar disso, a atual gestão da Câmara de Chaves não explica nada: nem o seu insucesso, nem o seu fingimento, nem a sua gerência imobilista feita ao sabor do vento e das geadas. E fá-lo porque é incapaz de admitir que errou na sua estratégia, no seu propósito de modernidade, na sua aposta fracassada no desenvolvimento.

 

Interlúdio poético: Um pouco à semelhança da “inquietação” do José Mário Branco (A contas com o bem que tu me fazes / A contas com o mal por que passei / Com tantas guerras que travei / Já não sei fazer as pazes), é caso para dizer – e o autor que nos perdoe a ousadia, mas é por uma boa causa – que no nosso burgo existe: Cá dentro desilusão, desilusão / É só desilusão, desilusão / Porquê, não sei / Porquê, não sei / Porquê, não sei ainda.

 

Não pretendo reivindicar a qualidade de juiz dos acontecimentos políticos locais, mas, com toda a modéstia, direi que tomei a liberdade (individual) de ter ficado desiludido, vai para um bom par de anos, com a gestão autárquica de João Batista e António Cabeleira.

 

De facto, a gerência camarária do PSD flaviense não soube intuir a desilusão, a frustração e o descalabro. E as pessoas mais clarividentes até ajudaram nesse desapontamento. Deixaram-se levar pelas falinhas mansas dos protagonistas, pois não queremos acreditar que não estivessem a par da realidade: do enorme défice, das obras de fachada e da gestão apriorística da coisa pública. Muitos deles estavam a par, outros estavam, quase de certeza, já comprometidos, mas não o quiseram admitir.

 

A verdade é que a liderança da Câmara de Chaves mudou tantas vezes de opinião que baralhou a sua estratégia, o rumo da sua atuação e, o que é mais grave, a esperança dos flavienses.

 

Demasiadas vezes apareceu o presidente João Batista com os seus lindos discursos vazios a tentar pôr algum sentido no desnorte. Mas isso serviu-lhe de pouco. E aos flavienses não lhes serviu mesmo de nada, nem de coisa nenhuma.

 


É caso para nos perguntarmos se os flavienses se submeterão aos tempos que aí estão para vir sem esperança, se somos impotentes para mudar de rumo ou se estamos condenados a este infortúnio autárquico.

 

Mas a alternativa tem se ser consistente. Já aqui o escrevi uma vez, mas volto a repeti-lo: A proposta política de uma alternativa ganhadora a este poder autárquico serôdio e cediço tem que ser uma questão de afirmação e não uma mera questão de entusiasmos.

 

É bom que nos consciencializemos que a antiga premissa cristã segundo a qual a pobreza, a solidão e a infelicidade desenvolvem boas qualidades no homem já não se coaduna com a modernidade. O futuro tem de obedecer à aspiração legítima da riqueza das regiões e das instituições, da solidariedade, da fraternidade e também da felicidade. Se não para quê trabalhar?

 

Eu sei que aos idealistas, quase sempre, não lhe restam outras armas do que as palavras, mas são elas que definem o pensamento e serão elas que possibilitarão ter esperança num novo rumo para a nossa cidade e para o nosso país. 

 

Percebemos que ainda existe por aí muita falta de seriedade, muita indiferença, muita instabilidade. E também sabemos que há por aí muito bajulador a tentar manter a aparência de um rumo e da possibilidade da evolução da continuidade. A esses marcelistas reciclados, é bom lembrar que, apesar de todos sabermos que não há bem que nunca acabe, também não há mal que sempre dure.

 

Apesar de sabermos que a política se faz de habilidade prática e compromissos, temos de ser capazes de rejeitar veementemente a estratégia imobilista deste poder autárquico que já não é capaz de entusiasmar nada nem ninguém. Nem sequer o próprio partido. Ou muito menos ele.

 

Esta Câmara nem prosperou nem nos fez prosperar. Tudo o que fez foi persistir. Segundo li em algum lado, escorregar é a lei da queda. Por isso estamos em crer que o povo flaviense não vai deixar-se escorregar mais uma vez. Apesar do inverno vir aí e o gelo o acompanhar. Não queremos um novo ano somente cheio de certezas invernais. Vamos esperar pela primavera. Estamos em crer que a esperança virá com as andorinhas.

 

E para terminar, aos litigantes de má-fé lembramos um provérbio chinês: “Encurralado, até um coelho morde.”

 

Ou em versão alargada para os mais distraídos: “Encurralados, os cães saltam muros, os gatos sobem às árvores, os coelhos mordem e os mudos falam.”

28
Dez12

O Homem Sem Memória - 140

João Madureira


140 – O texto do Luís contava o que se segue (versão corrigida pelo camarada professor): Eu quando for grande quero ser o máximo dirigente da classe operária. Quero ser um líder. Um verdadeiro líder. Muito mais líder do que o meu pai que apenas dirige meia dúzia de comunistas transmontanos. Vá lá, dúzia e meia de comunistas nevoenses teimosos e muito chatos. Eu quero ser um líder da envergadura do camarada Alberto Punhal. Quero ser secretário-geral do Partido. Depois dele, claro está. Logo após o camarada se reformar. Talvez não quando ele se reformar porque parece que os camaradas secretários-gerais dos partidos comunistas não se reformam. Só abandonam o seu posto quando morrem. E mesmo assim a contragosto. Honra lhes seja feita. Por isso acho que só poderei chegar a dirigente máximo do partido comunista, da classe operária e dos camponeses, quando o camarada Alberto Punhal morrer. Mas eu não lhe desejo a morte. Longe disso. Eu faço votos para que viva muitos anos. Muitos, mas mesmo muitos, muitos. Ele é o maior dirigente da classe operária do mundo. Claro que os outros camaradas dirigentes comunistas também são bons como o caraças, mas o nosso camarada de cristal é o melhor deles todos. Isso pelo menos é o que diz o meu pai e todos os comunistas que conheço. Como o camarada Alberto Punhal não existe outro igual. Mas, como ia dizendo, eu quando for grande quero ser o líder máximo do Partido. Talvez só lá chegue quando for velho, mas não me importo. Uma vez lá é cargo para toda a vida. Basta olhar para o exemplo da União Soviética para concluirmos que os camaradas secretários-gerais apenas de lá saem quando morrem. Mas mesmo assim a contragosto, como já disse. Todos os camaradas secretários-gerais do PCUS foram substituídos somente depois de mortos: Lenine, Estaline e Khrushchev. Bem Khrushchev não, esse foi afastado por ser mau comunista, por ser frouxo, por isso não conta. Teve sorte em não ser liquidado, que era o que merecia. Pelo menos isso é o que o meu pai diz. Ainda bem que foi substituído pelo camarada Brezhnev, que também é um camarada como há poucos. Mas como é dos bons, mantém-se no seu cargo sem vacilar. E ninguém pensa em substituí-lo. É o pensas. Só sai de secretário-geral quando morrer, e a contragosto como já disse e repeti. Eu sei que ele é velho como as igrejas, bem como as igrejas não, pois é uma comparação muito pouco comunista, ele é velho como os avôs velhos, ou melhor, como os bisavôs, pois o meu avô tem 50 anos e o meu bisavô 70. E agora que falo no meu bisavô, apesar de ser velho como o Brezhnev, e quase tão desengraçado, é reacionário como o caraças. É quase tão reacionário como o Sá Carneiro e o Freitas do Amaral juntos. Acho que foi pelo facto de o meu bisavô ser tão reacionário que o meu pai se tornou comunista. Mas parece que quem tem ainda mais queixas dele é o meu avô, o pai do meu pai, que, apesar de ser por ele muito maltratado, apenas conseguiu progredir até ao socialismo democrático, dos traidores do PS. O meu avô até pode ser socialista, mas é muito boa pessoa. E muito meu amigo. Mesmo que eu venha a ser secretário-geral do Partido quando Portugal estiver já no socialismo científico, eu ao meu avô não lhe faço mal nenhum, nem deixo que outros lho façam. Levo-o para minha casa e protejo-o. Já ao meu bisavô deixo que a revolução tome conta dele, e de tudo o que é seu, e lhe faça o que deve ser feito aos reacionários. E que aqui não digo porque parece mal. Mas todos sabemos muito bem àquilo a que me refiro. Sei-o eu, sabe-o o camarada professor e sabe-o também o meu pai. Ou melhor, o meu pai é quem sabe disso melhor, pois não fala de outra coisa. O meu bisavô é o culpado de a minha mãe ter abandonado o meu pai e a mim. Foi ele quem acertou o casamento entre o seu neto e a minha mãe, que era filha de um ricaço do Porto, que era também sócio da firma do meu bisavô. Mas quando soube que o meu pai era militante comunista deserdou-o. Não só a ele como ao meu avô. O tal que é socialista mas é muito bom para mim. E não só o deserdou como fez tudo para que a minha mãe o fizesse escolher entre o Partido ou a família. Ele, o meu pai, orgulhoso como é, não só disse que não cedia à chantagem como abandonou o seu emprego muito bem remunerado na fábrica do meu bisavô, e ainda por cima se ofereceu para ser funcionário do Partido na zona mais difícil do país. Por isso aqui estamos. Eu vim com ele porque sim. Bem, vim com ele porque um dia me foi buscar à escola, meteu-me num carro e abalou por essas serras acima até Névoa. Eu sei que o meu pai até é um bom comunista, mas já não é assim tão bom como funcionário. Irrita-se muito com a propaganda, grita muito com os jovens, arrelia-se imenso nas reuniões, não gosta nada de colar cartazes nem de pichar paredes, nem é muito bom a falar nas reuniões. Então em sessões de esclarecimento e comícios é mau de mais para ser verdade. Tem muita dificuldade em escrever relatórios e sofre imenso quando o Partido o incumbe de redigir um comunicado. Ele sofre muito, coitado. Sofre porque reconhece que não foi feito para revolucionário. Arrelia-se muito com tudo. Além disso não gosta de ler. Cá para nós que ninguém nos ouve, ele nem A Verdade lê. Eu sei que sublinha os editoriais, mas se repararmos bem ele sublinha tudo. Ora quem sublinha tudo é porque não consegue distinguir as ideias principais das secundárias. Bem, eu sei que os editoriais d’ A Verdade não têm ideias propriamente secundárias. São todas principais, não fosse o editorial sempre escrito pelo camarada Punhal. Mas, mesmo assim, umas ideias estão lá para dar enfase às outras. E são essas que devem ser sublinhadas. Mas ele não, corre tudo a sublinhado. É a sua maneira de respeitar o Partido, o jornal e o camarada secretário-geral. Ele diz-me que pode não chegar sequer ao Comité Central – aqui que ninguém nos ouve, tomara ele ser selecionado para a Direção Regional do Norte –, mas que eu, se me portar bem e aprender muito na escola de pioneiros e nas outras escolas do partido que se seguirão, posso muito bem chegar a líder da classe operária. Pois ele sabe da minha capacidade organizativa, quase tão boa como a do camarada Alberto Punhal quando dirigia a juventude do Partido na clandestinidade, da minha determinação, da minha firmeza ideológica, da minha capacidade de estudo, da minha habilidade de persuasão, como é o facto de eu ser o maior vendedor de jornais da organização distrital e da minha capacidade natural para a liderança, como se evidencia na prática semanal aqui na nossa escola de pioneiros. Sou eu que lidero a célula ideológica da escola. Apenas uma coisa ainda não consegui: eliminar a irritante oposição do camarada pioneiro Miguel, que me derrota sempre nas simulações da guerrilha revolucionária. Ao João já o conquistei para o meu lado, a camarada pioneira Lídia vai a caminho, e só ainda não deu a volta porque detesta o camarada pioneiro João. Não é tanto por ele, mas antes porque os seus pais não se dão. Isto apesar de serem colegas de profissão, terem frequentado a mesma universidade e serem militantes do mesmo partido. Mas eu tenho de derrotar o camarada pioneiro Miguel, custe o que custar. Ele é o maior entrave ao bom desenvolvimento das aulas, da escola, e, sobretudo, à minha liderança. Foi ele o responsável pelo facto de a turma ter escolhido para chefe a camarada pioneira Lídia. Foi ele quem antes da votação ameaçou todos os camaradas pioneiros de que se não votassem na camarada pioneira Lídia eram pioneiros mortos, ou mancos, ou com os dois olhos à belenenses. Eu sei que se a votação tivesse sido por voto secreto, e não pelo método de braço no ar, eu tinha ganho. Por isso é que propus o voto secreto. Mas o camarada professor, e bem, diga-se de passagem, lembrou que isso era infringir os estatutos do Partido. Agora para terminar, lembro o que disse no princípio: eu quando for grande quero ser secretário-geral do partido comunista. E como até a mais longa marcha começa pelo primeiro passo, como muito bem disse Mao Tse-tung, o meu passo inicial para conseguir lá chegar vai ser o de derrotar o camarada pioneiro Miguel, que nem é pioneiro, nem comunista, nem nada. É apenas um reacionário, e ainda por cima pobre, que é a forma mais miserável de se ser reacionário. Para isso, tenho de me aliar ao camarada pioneiro João, que, mesmo não parecendo, é também extremamente ambicioso, e à camarada pioneira Lídia, que sofre do mesmo mal, mas sabe disfarçar isso muito bem. E ao camarada professor José peço-lhe o maior recato para que isto fique entre nós, pois quando eu chegar onde quero chegar, o camarada, e amigo, penso eu, terá um lugar certo ao meu lado. O lugar que lhe convém e que também merece. 

26
Dez12

O Poema Infinito (126): a noite de todas as aflições

João Madureira

 

Caminharei para perto de ti vindo de dentro da noite de todas as aflições e com a boca cheia de medo apontarei na direção da tua fecundidade e nela me enroscarei sentindo ainda o cheiro a feno e a sexo resfolgando na olorosa geada que agora começa a derreter… e acordo com o chilrear dos pássaros madrugadores que despertam ascendendo na iluminação expectante do dia… os nossos olhares alados crestam de tanta excitação… os nossos corpos incendeiam-se e mordem dentro do fogo que mantemos intacto após estes anos todos… depois da insónia e do amor o dia ainda vai ser perfeito… sinto-te a doer no desassossego da navegação… vou precisar de dormir na viagem para descansar da insónia… sonho que sou pastor e te guardo na nossa infinita adolescência que nos ensinou a vertigem da vida e faço a promessa de rodopiar indefinidamente à volta do teu corpo em forma de cometa… por isso amo as águas da ribeira e o verde dos lameiros e a imagem do mar na minha cabeça e as árduas searas centeias que sempre se incendeiam ao entardecer… e entardeço… e cicio o poema que nunca hei de escrever e que começa assim… hoje vou saciar-me na luz noturna do teu corpo embriagado e vou pegar-lhe fogo para nele acender a tua humidade e a minha humanidade… sei que conheço bem este rio e nele adivinho a liquidez do teu corpo… sinto por isso o rigor das palavras e o seu sopro de vida estelar e as suas cabeças de medusas afrodisíacas… e o desejo desenvolve-se e a saudade e a violência dos sorrisos amargos e… por isso espero a cortante ilusão da felicidade e a sua prolongada ressaca e os dias que passam ou lentos ou demasiado impetuosos… ou inalterados… ou inalteráveis… por isso luto ainda para que os sonhos não se oxidem… ou não se oxidem um pouco mais já que as utopias se estilhaçaram espalhando o seu vermelho vivo de sangue… ouço-te a ti que és o meu oráculo quando alguém me levanta a voz em vez de levantar a razão… dizem que sou o perverso pábulo dos anjos ou o bondoso maná dos demónios… por isso te ouço alisando a verdade com que me surpreendes que é em tudo idêntica à surpreendente floração das urzes, das giestas ou dos tojos… ou da alfazema selvagem… por isso afago a tua fala e a tento passar para a minha triste e hesitante escrita… para que a partir do seu silêncio de lume nomeie todas as pétalas da flor da razão… e da paixão… apesar do crepúsculo… percorro com as mãos a profecia que se ergue do teu corpo que queima devagar como o sangue… por isso vou continuar aqui arrumando a lenha do cortiço… e as pedras dos muros… e o fogo da lareira… e os astros que pendurei no céu dos teus olhos… e a florida e fresca água das fontes… e a memória da vida e de todos os atos de amor… e toda a ternura de um afago teu… e depois fico quieto à espera que o mundo se resolva a iniciar a sua metamorfose deixando para trás toda a ferocidade… por isso escrevo… e escrevo-te… aproveitando este instante de lucidez… pois nada mais possuo de meu…

24
Dez12

Pérolas e diamantes (17): o Natal e a bebida preferida de Jesus Cristo

João Madureira


Eis que lá do alto do seu império espiritual, o Papa Bento XVI escreveu um livro em que resolveu destruir toda a iconografia do Natal. Além de defender que Jesus Cristo nasceu uns anos antes da data admitida pela Igreja, o representante de Deus na Terra foi perentório ao sustentar que na gruta de Belém tanto o burro como a vaca não estavam lá a fazer companhia a alguém e, muito menos, a bafejar o Menino Jesus.

 

Isto pretendeu aliviar o presépio da sua matriz pagã. A ser assim, também é caso para perguntar o que fazia lá José, pois, atendendo ao que vem na Bíblia, não era o verdadeiro pai da criança.

 

Se se expulsam do presépio os elementos redundantes, a cena fica apenas reduzida a duas personagens: a Virgem Mãe e o seu Santo Filho. O que, convenhamos, constituindo o núcleo vital da cristandade, é muito pouco para a fé e terrivelmente frustrante para o sentido cultural da religião onde todos fomos criados e que ainda é o elemento agregador de toda a civilização ocidental.

 

Mas isto de ler e escrever tem as suas contraindicações. Depois da desilusão do Natal, segundo

o Papa Bento XVI, eis que me deparo com a destruição de um outro mito relacionado com Cristo e com a cristandade. Então não é que Afonso Cruz escreveu no seu último livro Jesus Cristo Bebia Cerveja isso mesmo:  que Jesus Cristo bebia cerveja. Escreveu-o e explicou-o.

 

Naqueles tempos as bebidas alcoólicas confundiam-se umas com as outras, já que era habitual misturar frutos com as bebidas de cereais e vice-versa. No Egipto existiam imensas cervejarias e a cerveja que lá não era consumida era exportada, nomeadamente para a Palestina. Seguindo esta revelação histórica, podemos concluir que a bebida que popularmente se consumia na terra que Cristo habitava era cerveja.

 

Ou seja, o vinho era uma bebida consumida pelos invasores romanos. Por isso Cristo não iria beber a bebida dos ricos, dos opressores, mas antes a dos pobres, a dos pecadores e a das prostitutas. Era o que a cerveja representava: um símbolo do povo. Cristo bebia cerveja, que sempre foi apelidada de pão líquido, pois é verdadeiramente pão com água. Até é a mesma levedura que transforma o cereal.

 

E como estamos em maré de poupança, tanto no país, como no presépio, aproveitamos para sugerir a quem de direito que a partir de agora a eucaristia se passe a celebrar apenas com cerveja, pois a bebida que Cristo consumia é já em si dois em um, broa e pinga, que é muito mais ecológico, pois evita a referência à carne, que é, como todos o sabemos, muito má para a saúde e, sobretudo, pecadora.

 

E a mais não nos aventuramos. 

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