Eu que sempre…
Eu que sempre me pensei rude e agressivo como uma carriça, pois até tenho uma risca branca na cabeça, além de andar sempre atarefado, vejo-me agora a admirar os pardais nas suas andanças à volta, sem ligar a horários ou a tarefas, brincando com as folhas, saltitando de um lado para o outro, ou jogando às escondidas nos troncos dos carvalhos. Enfim, divertindo-se.
Mas, no fundo, talvez seja este tipo de meditação, agora que cumpri os cinquenta anos de idade, que me mantém satisfeito e completo.