Ao lado da fonte de mergulho da minha aldeia existe uma pedra enorme onde descanso os meus olhos sempre que por lá passo. Sempre assim fiz. É um hábito. Antes de mim também muitos dos meus antepassados assim procedederam. Agora descansam lá os espíritos da memória. No cipreste junto ao muro alguns pássaros fazem ninho e cantam quando lhes apetece. Confesso que não sei distinguir bem o lugar de cada um. Mesmo assim passo por lá de vez em quando para ter boas memórias e para não me sentir sozinho.