27
Set08
Habita-me
João Madureira
Habita-me a beleza dos dedos que delineiam a imagem do amanhecer. Vejo-te a ler um livro frio cantado pelos neófitos da beleza. Lembras-me uma criança junto às nuvens que provocam as trovoadas. Enrolas-te nos signos dos dias ímpares e nadas na concentração do azul do mar. Por mais que veja, ou te beije, a insatisfação é o que sobra.
Não olhes para mim, tenta adivinhar-me pelo sorrido das sombras.