28
Set08
Quebra-se a água
João Madureira
Quebra-se a água na ambição da sede.
O homem abre o seu buraco à força de segredos.
As palavras ontem ditas estão impressas na expansão da terra.
A solidão é uma palavra seca.
Há ameaças de desordem na luminosidade dos objectos estáveis.
Abraça-me ferida perpétua.
Por fim descanso na origem transbordante dos teus braços.
Eu ainda respiro sobre o lado direito do mundo.