A infelicidade de Deus
No oitavo livro da Odisseia Homero escreveu que Deus deu a infelicidade aos homens para que tenham alguma coisa para cantar.
Mallarmé pensava que tudo leva a um livro.
Já Borges gostava de citar Platão dizendo que os livros parecem ser coisas vivas, mas que lhes acontece a mesma coisa que a uma efígie; falamos-lhes e eles não nos respondem.
Dizem que foi por isso que inventou o diálogo.
Já Heine dizia que o historiador é um profeta retrospectivo, pois profetiza o que já aconteceu. É, no fundo, um profeta que olha para trás.
É este o caso dos “profetas” de hoje.
Amanhã há mais, podem ter a certeza.
O futuro é que tem sempre de ser adiado.