Não há um mundo puro
Não consigo pensar-te a sorrir tão friamente sobre a ferocidade do mundo. Não há um mundo puro. Outro existe preenchido pelo silêncio, onde as canções antigas correm como as águas silenciosas das fotografias. Há um mundo para cada estação do ano, um mundo de tristeza onde a fortaleza dos homens é obscena. Por detrás da noite surgem os livros tristes dos amantes imaginados. Não há noites perfeitas. Todas as noites se extinguem no dia. É essa a perenidade da sabedoria.