Os homens do poder
Na minha idade a ideia de eternidade tem raízes de sinos de igreja como estátuas cegas à espera do silêncio bloqueado da terra fria. A solidão aparece batendo com as mãos na luz dos símbolos. O tempo dura ainda a verdade dos dilúvios. Os homens do poder têm hoje as faces frementes de opacidade. Há muitas saídas para animais de estimação. A voracidade é um enigma sorridente que floresce nos negócios das jóias arrancadas à miséria. Vejo-me comovido pelo frio das lágrimas como um amigo morto. A noite ainda não é nada. É uma saudade azul como um poema em francês. O pão que mata a fome é triste. É triste cantar a água estendida nas rosas murchas dos jardins gelados da memória. Uma mulher pálida abraça um belo colar de ouro intenso e esquece-se de respirar. Mais lágrimas nuas caem no chão liso e aí ficam como se fossem apenas água escorrida de um guarda-chuva. O mal é o singular da lei da obliquidade. A luz da tua voz ainda me adormece apesar desta loucura escura do dia-a-dia. Na minha idade a ideia de eternidade tem uma saudade azul da luz da tua voz. A voracidade surge fustigando o pão que mata a fome aos homens sem poder. Há muita saída para animais de estimação. As mulheres pálidas caem nuas nas rosas murchas dos jardins onde adormece a loucura. Lá onde a tristeza é sossego espalham-se os sinais fracos do crepúsculo. Há muita saída para animais de estimação. Os homens do poder têm hoje as faces frementes de opacidade. Os homens do poder têm hoje as faces frementes de opacidade. Os homens do poder têm hoje as faces frementes de opacidade. Os homens do poder têm hoje as faces frementes de opacidade. Os homens do poder têm hoje as faces frementes de opacidade. Os homens do poder têm hoje as faces frementes de opacidade. Os homens do poder têm hoje as faces frementes de opacidade. Os homens do poder têm hoje as faces frementes de opacidade…