A tristeza
É estranho este gume arbitrário.
Cada um de nós chega à teimosia da alma numa fome redonda como quem colhe as folhas estranhas do orvalho.
É essa a surpreendente arquitectura da ressurreição e da unidade lendária de te terminar.
Tem a privação a insidiosa máscara do desvio.
Tu roubas-me todo o resguardo da religião. Mas há sempre meia hora para orar. Não sei é salvar-me na via dolorosa da possessão.
Quem saboreia versos recolhe condições.
A memória é uma sinecura humana.
O mal é uma memória íntima.
O teu lugar é uma intimidade superior.
Apesar disso não te consigo ocultar.