No interior do teu mar…
No interior do teu mar, eu sou triste como a sombra dos barcos. A tua matemática animal manipula a homenagem às cidades. Eu serei sempre um verso solsticial de um poema rural, um sonho múltiplo contagiado pela liberdade. Eu celebro a liberdade, o idioma da liberdade, os lábios da liberdade.
A Primavera engrandece a lucidez, o hábito diário do renascimento, a incómoda herança da mortalidade.
Está perto o destino efémero dos frutos, o destino dos homens dedicados à heresia dos livros.
Partirei numa manhã de caligrafia mortal, depois da escrita da última palavra do esquecimento.
Serei então a derradeira tese da filosofia: eu sou nada e todas as coisas.