Verlaine obcecado
Posso descrever-te de várias maneiras, mas prefiro imaginar-te com vocação para improvisares desassossegos. Gosto de te ouvir recitar poemas infindáveis que falam de fecundidade, melancolia, aves loucas, imagens, destinos absolutos e cores trágicas.
Também eu, como Mallarmé, estou obcecado pelo azul. Também eu, como Luis Borges, recito Verlaine à chuva. Eu, que nunca conheci poetas franceses nem argentinos.
Posteriormente esperei por ti na Irlanda, eu que eu nunca lá fui.