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Jul06
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João Madureira
Maresias, Marias e Madalenas, tudo faz parte de um estratagema para existir.
E existir não é nada fácil. Até para os cientistas é um milagre. Um milagre que nada tem de transcendental, mas, mesmo assim, ultrapassa toda a lógica da ciência e da pura e excelsa probabilidade.
E se é de probabilidades que falamos, convém explicar que a nossa existência não é uma mera probabilidade, nem, sequer, matemática, é, tão simplesmente, um puro acaso do acaso do acaso.
Mas, mesmo assim, existimos em escalas simples de espaço e tempo. E isto é muito mais que metafísica. É pura adrenalina combinada com átomos de nada e estes misturados com os das vitaminas e das proteínas e estes ainda com os dos excelsos impulsos eléctricos.
Mas, mesmo assim, frutos do acaso e da mais pura arbitrariedade combinatória, existir é tão delicioso que até dói.
E dói muito. Mesmo não doendo da forma que todos nós sabemos.

