24
Mar06
O sagrado e o profano
João Madureira
Lá no alto voam as pombas. Depois, as persistentes aves pousam sobre o granito trabalhado.
Pedem os homens misericórdia aos que não têm perdão.
Deus faz-se distraído. Mas olha. Isto é, se existe.
Se não existe, não há nada quem castigue os que em seu nome praticam actos negadores de humanidade.
Voam e desviam-se as pombas.
O Espírito Santo redimensiona-se e volatiliza-se em contacto com a ignomínia.