01
Fev06
Terna é a noite
João Madureira
Sou da noite.
E é por ela que passeio quando me convocam os meus antepassados.
Espreito daqui e dali.
Olho para dentro da luz que bordeja alguns objectos e atrapalho-me.
Depois olho em frente e sinto milhões de olhos mirando-se no Tâmega.
Por vezes penso em quem pensou em nós. Aqueles que nos precederam e que tencionaram deixar-nos uma terra boa, limpa e habitável.
Há sempre alguém melhor do que nós.
Sei por onde vou, por isso sei que não vou por aí.